A lista do partido evidencia a exclusão do saber, da competência e da seriedade. Não se compreende como é que o partido integra para seus deputados o Akwá e a Tchizé. Qual é o mérito de um e de outro? Será mero populismo? Será mero impulso de agradar ao chefe? Ou será já o desejo do chefe de instaurar a monarquia?
O Akwá foi sem dúvida bom jogador, mas agora o deixa de ser. Vai deitar por baixo a sua reputação - porque vai sofrer durante quatro anos de mudez (!) - e a estima que os angolanos nutriam por ele. Não se pode num dia ser um ídolo nacional de toda a juventude e no dia seguinte pretender ser um sectário em defesa de um partido.
Mas compreende-se que o mpla tenha tido dificuldades para encontrar pessoas que acrescentam valor à nova Assembleia Nacional, porque os que despontam são Capapinhas, Bento Bentos, Akwás e Tchizés. Haverá, certamente, gente de valor, mas não é destas que hoje aqui falaremos.
O que não se compreende, por outra banda, é porque razão pouca gente de reconhecido mérito, de reconhecida competência e de reconhecida seriedade não integram as listas do partido? Provavelmente porque seria incompatível a coabitação. Também, muito provavelmente, será porque dificilmente não teriam dentro do mpla o espaço de liberdade intelectual e técnica que as norteiam.
Friday, 11 July 2008
Marcolino Moco vítima da ditatura interna
A direcção do mpla deu um péssimo sinal ao excluir das suas listas certas pessoas, por exemplo Marcolino Moco. O mpla mostrou que não está para meias medidas. Não quer pluralismo, não quer democracia interna e não quer um parlamento com nível e à sério.
Não nos esqueçamos que Marcolino Moco já foi Secretário-Geral do mpla, Primeiro-Ministro e Secretário-Geral da CPLP. Sabe-se que tem vindo a estudar afincadamente Direito Público. Sabe-se também que tem assumido uma postura de crítica com relação à forma como é dirigido o partido e o país pelo Engenheiro Eduardo dos Santos.
Marcolino Moco, em entrevista recente diz o seguinte: "... em democracias modernas o Presidente de República não é alguém «intocável ou insubstituível»".
Porque razão o excluiram?
Não nos esqueçamos que Marcolino Moco já foi Secretário-Geral do mpla, Primeiro-Ministro e Secretário-Geral da CPLP. Sabe-se que tem vindo a estudar afincadamente Direito Público. Sabe-se também que tem assumido uma postura de crítica com relação à forma como é dirigido o partido e o país pelo Engenheiro Eduardo dos Santos.
Marcolino Moco, em entrevista recente diz o seguinte: "... em democracias modernas o Presidente de República não é alguém «intocável ou insubstituível»".
Porque razão o excluiram?
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